la volta dorata

O grotesco é belo. O grotesco é belo, e isto não é uma perversidade. O grotesco vem da gruta, do profundo, coisas cá de dentro, declarava a Paula Rego à Ler (a tal que está agora cheia de animaçon) em Junho de 2003. Faço(-me à) ideia, nas minhas sete minas, mas torço e rolho o nariz à troca por troca. Mariposeio anímico, e disse. Com entranhas, vísceras revolvidas, postas cá para fora, viscosas e fedentinas sou dado a cair redondo e a ficar sem saber o que se passou. Uma maçada para quem, como eu, nem nos dias de fazer pela vida consegue esquivar-se ao estribilho festivaleiro de setentas e muitos a soar a sessenta e rigorosamente nenhum: you gotta be cruel to be kind. Foi ano, veio outro e a malta a cantar de galo? Onde é que está o problema? Só desmoralizo quando descubro que a heroína e as amazonas que a ladeiam combinam tronco de bovino, cara de cavalo e pernas de basset hound em proporções variáveis.

Mensagens populares deste blogue

zero absoluto