stricarm' in d'na parola
Prensa-me numa palavra – tradução que (se) faz (à) pena (e à gíria). É o título de um poema em dialecto luzzarese de Cesare Zavattini, pioneiro, manifestante, vedor e cão-de-fila do neorealismo, argumentista entre outros de Sciuscià e Ladri di Biciclette. O mesmo que, emocionado e sem rebuço, rotulou Deus e o Diabo na Terra do Sol de Glauber Rocha (finalmente) un film di cazzo duro. É inútil saltar da cadeira. À parte umas pièces de résistance e uns imponderáveis de canivetes, expediente e guias-de-marcha, paranóia e tabiques com ouvidos para vozes vindas não se sabe donde, lentes e pílulas que enrolam (n)a língua antes de deslizarem goela abaixo, pai-dos-burros e contos do vigário em que formigam hinge words, dinheiro e casas, primeiras, no subúrbio e no mato ou no penhasco, e o inerente trânsito de coq-à-l’âne, a canalha – pirralhos, varões não parasitas, veteranos de luas-de-mel e eu ao barulho – não tem nadinha que saber. Haja Deus e esperança de que o apogeu do género ainda não tenha sido alcançado.