príncipe
Consta que dele terá dito o Herbert (von Karajan): é o Mozart dos nossos tempos. Não se conhecendo ao Generalmusikdirektor – que Deus o tenha (arreado d’alto a baixo sem dó nem piedade) – mais do que um gesto de enfado perante aquela secção em que o Marx trata do fetichismo da mercadoria – aproveitando como quem quer muito a coisa para meter mais um bocadinho no bolso da direita a economia política clássica – fico na dúvida: elogio ou crítica mordaz? Hoje – e hoje não me basta para recuperar do élan e das elevadas querelas do Congresso e dos acordos de cavalheiros feitos sem objecto mas com a esperança intacta – tendo para o aplauso e por conseguinte menos para a censura. A noite passada, entre segmentos e fracções sonhei com o BHO the second, president-to-be a movimentar a anca e o elmo enquanto um cantor de charme d’altíssimo coturno internacional emprestava a voz e a mula(ta) para, vencido mas não convencido, entretecer uma oitava acima da notação do compositor os versos Seems that I was busy doing something close 2 nothing e alle Menschen werden Brüder, o que em português d'etiqueta marialva quer mais ou menos dizer tudo, tudo, tudo – até a Europa! – me dá tesão. La mêmete du Prince, onde entra? Sei lá. Nunca mais acaba o dia para eu tirar as mãos da cara d’espanto.
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[vou nessa (da cara à banda), Vanessa, :)))]