velha de Alvalade
Se tudo correr bem, acabo uma velha de Alvalade. O empregado da Helsínquia, que envelheceu menos do que eu, olha-me com uma condescendência do piorio. Estou falida, mas ainda me aguento no bairro classe média Salazar a pagar cafés a peso de ouro na esplanadas da avenida, com outras velhas de lábios cor-de-rosa choque. Se tudo correr bem, eu pinto a boca de vermelho e o perfume é dos anos 80. Sou sócia do INATEL.
Se tudo correr bem, o viagra está cada vez mais perfeitinho e barato e eu julgo-me uma bomba sexual.
Se tudo correr bem, o viagra está cada vez mais perfeitinho e barato e eu julgo-me uma bomba sexual.
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