momento paróxico
Há coisa de duas horas chegou ao meu conhecimento que o monstro sagrado que fazia westerns e que pelo baptismo adquiriu sem tir-te nem guar-te o nome de Sean Aloysius O'Feeney (ou O’Fearna) – do qual se veria livre anos mais tarde para dar conta do recado e compor um ror de pés-de-meia, entregou-se d’alma e coração a sequenciar milhares e milhares de fotogramas em celulóide de pilas e rapagões fardados a afagá-las com todo o jeitinho. Logo eu, que nunca olho a despesas e raramente para as franjas da sociedade, e logo hoje, que é dia de passar d’artista a gato pingado da sopa em que todos molham, tenho de me confrontar com esta bordoada monumental na minha costela mitómana. Vá lá que substituíram as bolas das cores todas e nenhuma por uma de cristal. Que me diz? O óbvio. Espinhoso, espinhoso vai ser dar de caras com os uniformes e não perder – perder as in arruinar – a compostura. Não vem lá coisa boa, não.
Comentários
um beijo,
[as in cláudia. pois]