ideia redentora

O cabrito é um dos últimos animais?! Um achado. há mais, fábulas (ou mitos?) do princípio e da destruição, a corda infinita ali, de mão beijada. Com proveito pessoal. Do (insistente) piscar da caveira, tornei à vala comum, remate de dias tormentosos. Dias de encapelamento, umas atrás das outras, caprichos sob a mesa e nas áreas de serviço, baterias assestadas à linha do horizonte, fogo amigo no pico fatídico. Gilded exile e itinerância desde aí, privando em privado, privando-me da simpatia e da gratificação imediata, manha – julgava eu – de gente que leva a fava à risca, cutting everyone dead. Muda-se enfim a figura à finíssima força da reabilitação da pessoa suína, notícia que traz de volta à voga a lettre de cachet. Não haverei mais de me agalanar à juiz de sinuca, todo o brio epigrafado nas luvas vestalinas, para agarrar com unhas e dentes as pérolas que me dão. Assim me não peçam para assegurar as despesas – da mercearia e da conversa – ou embarcar na captatio benevolentiae acumulei tecido adiposo quanto baste para ser o bácoro deste pequeno mundo de duendes solitários e cartas portuguesas – não digo V., de estimação, porque a ninguém se solicita que se afeiçoe a animal de abate. É aliás montando (n)essa condição que parto para as estradas escusas e brumosas dos adágios populares nordestinos. Ele há de tudo e certos dois: Judeu e porco, algarvio e mouro – são quatro nações e oito canalhas e Em chegando o Santo André, quem não tem porco mata a mulher. Da (justa) medida, não me venham com histórias de piggy in the middle ou com os altos e baixos da vida. Essa é a parte mais insignificante da prova. Uma ideia redentora ainda é uma ideia redentora. Estou pronto. Sangre-se e leve-se o velho cadáver a esquartejar. Ultima ratio? Como soía dizer-se no tempo da Maria Cachucha: nunca tive os cinco litros aferidos.

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