natal
O Natal tem muitos pretendentes e encarregados. Mais a mais reeditam-se (e legendam) e não dão pela sinestesia. Elefantes brancos em casa de bonecas. A Rita – que é desconfiada e medrosa e interposta do Machado de Assis – é que (n)os topou bem. A virtude é preguiçosa e avara, não gasta tempo nem papel; só o interesse é ativo e pródigo. Dispenso da (minha) vida mental e física os ais-(menino-)Jesus balofos e a tesura caritativa, todo esse o conjunto protobélico que fustiga a voz infantil – que combuste de boca em boca diverso da matriz e da linha recta. Cotejada na Paixão a Natividade não passa de analepse necessária aos trinta para os trinta e três e à hageografia. O meu Natal, esse nada tem que saber. É quando uma (determinadíssima) mulher quiser. Contra todas as previsões, este ano a bala com o meu nome não saiu nem pelo cano nem pela culatra. Foi indo e indo e indo no caudal vagaroso da inércia.