rico

Começo da tarde de hoje. Asténico, de uma pirexia alta e ruim, pego no telefone, ligo para o Centro de Saúde umas ruas acima, paredes-meias com anexo de alguma memória, um incidente de compêndio, três ou quatro safanões e outros tantos atropelos ao português de lei, umas tarjas pífias e o mais magnético par de olhos que encarei na vida – este sim, daria lastro para dramalhão e uivos, não excluindo a anedota picante. Averiguo funcionamento e horário. De lá, fêmea vivace: tá’berto, rico, até à meia-noite. Ipsis litteris, sem tirar nem pôr. A gente aplaude a humanização dos serviços públicos. De pé, se for tido. Boa prática com boa prática se paga. Mas rico, passo. Ter a fama e não o proveito é muito pior que ser invejoso. Supersticioso, pus o que pude (e a mais não sou obrigado) em pratos limpos na despedida: ó Minha Senhora, Deus lhe fale na alma.

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